quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

FOME... FOME... FOME...

Eu estava com uns amigos, tivemos a ideia de visitar a casa dos assassinatos, fica no fim da rua. A historia parece meio corrida, mas só estou querendo chegar até os finalmentes logo. Exploramos a casa toda e foi ai que eu achei uma carta dentro de um armário. Estava escrito assim:

Eu estou até agora dentro no meu armário. Tenho muito medo de sair daqui. Ele ainda pode estar lá fora. Ele apareceu do nada aqui em casa. Eu acordei ao ouvir gritos, parecia à voz de meu pai. Ele devia estar lá embaixo, bêbado, como sempre estava aos domingos. Eu fiquei apavorado. Algo começou a subir as escadas, eu podia ouvir seus sussurros, ‘fome… fome… fome…’, era uma voz animalesca, gutural, gelava minha alma, machucava meus ouvidos a ponto de minha cabeça parecer que ia explodir. Ouvi o som da porta do quarto de minha mãe abrindo. E então ouvi ela gritando. Foi horrível. Aquilo atacou ela, e eu podia ouvir aqueles sons horríveis. Parecia alguém mastigando, ouvi sons de ossos partindo. A criatura então andou de novo e sempre dizia a mesma coisa, ‘fome… fome… fome…’. Eu corri para o armário e me escondi. Meus pais estavam mortos e a única coisa que fiz foi correr e me esconder. A criatura entrou no meu quarto e eu tapei a minha boca, eu estava em pânico, queria chorar, queria gritar até tudo sumir. Eu então consegui ver sua aparência. Nunca vou esquecer aquela cena horrível. Ele era gordo e desfigurado, sua pele soltava da carne podre. Tinha ossos expostos. Tinha olhos negros, bem pequeno, sua boca tomava quase o rosto todo. Seu dentes eram enormes. Ele fedia a morte e carne podre. Em suas mãos tinha uma perna semi-comida. O monstro colocou na boca e começou a mastigar, eu quase vomito. Eu vi uma tatuagem na perna, era minha mãe. Eu não aguentei e vomitei, continuei com a mão na boca, pra ele não ouvir, ninguém sabe como é vomitar com a mão tapando a boca, é horrível. Ele começou a defecar no chão do meu quarto, uma gosma negra. Tinha um cheiro podre de sangue e carne decomposta. Tinha vermes se mexendo em suas fezes. Ele então olhou para o armário. Fechei os olhos e comecei a orar e chorar. Quando tomei coragem de olhar novamente, ele tinha sumido. Por favor, se acharem isso, fujam quando ouvirem os sussurros do monstro, eu imploro. Eu tenho tanto medo de sair daqui. Tenho medo dele vol

A carta termina assim, ela tem umas manchas vermelhas e esta meio grudenta. Que som foi esse? Deve ser um dos meus amigos tentando me assustar, idiotas. Só ouço ‘fome… fome… fome…’. Vou espancar eles. Já volto. Isso foi um grito? Merda, já volto.

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