Reza a lenda
que em uma noite qualquer um casal que vivia em uma bela casa decidiu sair para
jantar, mas dessa vez eles não queriam levar as crianças junto, pois queriam um
pouco de privacidade. Sendo assim eles chamaram uma garota, filha de uma
vizinha, que costumava cuidar de crianças.
Antes
das dez os dois haviam saído e deixado à menina a cuidar de seus filhos. Logo
que os pais deixaram a casa, a garota levou as duas crianças para cima e as
colocou na cama. Durante todo o tempo em que passou no quarto dos pequenos ela
sentiu-se observada…
Assim
que elas dormiram, a menina resolveu ir para o quarto dos pais, que também era
no segundo andar e tinha TV, assim ela poderia cuidar das crianças e ainda
assistir algum programa na televisão.
Nem
dez minutos faziam que a garota havia se deitado e olhava o programa, quando
ouviu um barulho no corredor escuro, algo parecido com uma batida seca.
Subitamente ela ficou em estado de alerta, tentando ouvir algo, até mesmo a
respiração ela trancou, mas reinava o absoluto silêncio em toda a casa.
Tentando deixar isso para lá, a menina voltou a assistir a TV, mas poucos segundos depois outro barulho retumbou pelo corredor, dessa vez mais baixa, porém mais próximo. Juntando toda sua coragem a menina se levantou da cama sem fazer nenhum barulho, e pé por pé ela foi até a porta entreaberta. Sem movimenta-la, a menina espiou o escuro corredor, mas não enxergou nada a não ser o breu e uma tênue luz que vinha da janela no fim do corredor.
Vendo
que tudo parecia normal, ela se virou e no momento em que deu o primeiro passo
em direção à cama, seu coração parou por um segundo, pois um barulho veio lá de
baixo. Por aquele mínimo tempo ela não consegui identificar o que era, mas no
segundo seguinte a menina notou que nada mais era do que o telefone. Mesmo com
o coração batendo igual um tambor, ela desceu a escada e foi atender.
No
momento que tirou o telefone do gancho e garota só ouviu um chiado, que até
mesmo parecia de um animal, mas era humana, uma respiração pesada. Mas ninguém
falou nada e na hora em que ela abriu a boca para falar a linha caiu.
Assustada,
a menina subiu as escadas correndo e foi ver as crianças, no momento em que ela
abriu a porta e acendeu a luz, ficou totalmente paralisada, pois no outro lado
do quarto ela viu um palhaço em pé. Durante alguns segundos ela não conseguiu
se mover, mas notou que o palhaço também estava imóvel. Pensando mais
inteligentemente, ela notou que era na verdade uma estátua, afinal fazia todo
sentido ter uma dessas no quarto das crianças, apesar de ela não se lembra dela
na hora que colocou os pequenos a dormir.
Vendo que os dois ainda dormiam, ela se virou e retornou ao quarto dos pais. Quando a ela fechou a porta, mais uma vez o telefone começou a tocar novamente. Outra vez ela desceu e atendeu, só que dessa vez uma voz rouca, que ecoava no telefone falou:
–
Estou mais perto do que imagina… Talvez fosse bom ir ver as crianças. – E em
seguida a voz riu.
Sem
pensar duas vezes, mas com um medo sem tamanho, a garota subiu as escadas com o
telefone na mão e entrou no quarto das crianças. Para sua surpresa as duas
dormiam e tudo parecia normal. Durante alguns minutos, ela ficou ali parada
respirando fundo. Depois de virou para sair e quando deu um passo em direção à
porta, ela pode ouvir um barulho atrás dela, porém antes mesmo que pudesse se
virar, ela deu um pulo. Pois o telefone começou a tocar em sua mão. Rapidamente
ela se lembrou da última ligação e assim que atendeu, já começou a gritar, mas
quem falava do outro lado da linha era o pai das crianças:
–
Está tudo bem aí?
Demorou
um pouco até ela se recompor e responder:
–
Está sim, me assustei um pouco com o telefone e essa estatua de palhaço que tem
nos quartos das crianças…
Antes
mesmo que ela pudesse terminar a frase o pai já estava gritando:
–
Tire as crianças daí, não tem nenhuma estátua de palhaço no quar…
O
telefone ficou mudo nesse instante. Pois havia caído no chão, assim como o
corpo da menina todo ensanguentado…
O
pai das crianças chegou em casa chutando a porta e subiu correndo a escada. Lá
se deparou com o corpo da baba cheio de sangue. Lentamente ele ascendeu à luz e
caminhou até a cama das crianças, mas lá não havia nenhuma gota de sangue, mas
também não havia ninguém…
As crianças e o palhaço jamais foram encontrados de
novo…
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