Um documento muito curioso
foi achado em Kansas City, durante uma noite de 23 de dezembro de 1910. Esse
documento estava envolvido em uma chapa de metal de propriedades muito
curiosas. Haviam símbolos gravados nele e dentro havia algo que poderia ser
identificado como "placas" com vários signos que pareciam formar um
texto.
O curioso artefato foi
mandado para um complexo militar, onde foi pesquisado por anos, até finalmente
ter sido decifrado por volta de 1994. O que foi descoberto foi acobertado,
porém acabou vazando para a internet depois de um assalto por desconhecidos que
entraram no complexo apesar da alta segurança, e furtaram o artefato e a
tradução do documento.
A tradução formava a
mensagem abaixo:
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O objetivo de enviarmos
esta mensagem ficará claro no final dela. Temos certeza que alguém traduzirá
isto e espalhará pânico nos que acreditam e levantará dúvidas até nos céticos.
Isto é quase que um
memorando. Um informativo. Agora, vamos começar do início da história:
Nossa história começa em
uma era remota. A sociedade realmente funciona. Os indivíduos estão conectados
o tempo inteiro por uma rede que permite que contatemos qualquer pessoa no
mundo em questão de milésimos de segundo.
A sociedade é regida por um
outro sistema político, baseado da ciência e razão. As decisões são tomadas
pelos anciões mais sábios das principais áreas da ciência. Por assim dizer,
funcionariam como ministros de um governo republicano-democrático, só que o
objetivo deles não é aplicar os impostos pagos pela população e muito menos
criar leis para manter o país nos eixos: é melhorar e selecionar qualidades
para a evolução.
Segundo a teoria da
evolução, seres vivos estão sujeitos a se adaptarem ao ambiente em que vivem,
sendo que adquirem certas mutações que são anexadas em sua genética para
garantirem sua sobrevivência.
O que aconteceu conosco foi
o enfraquecimento: perdemos massa corporal, ficamos frágeis, deformados, com a
pele descorada e mais calvos. Todos pareciam aberrações.
Os anciões muitas vezes
explicaram à população que isso aconteceu devido aos anos de evolução
tecnológica: a medicina e a tecnologia acabaram favorecendo o suficiente
indivíduos que não sobreviveriam, desvalorizando demais vantagens genéticas.
Por exemplo, se sua família tem uma resistência maior contra um determinado
vírus, do que adiantará esse gene se a medicina criar uma vacina para tal
agente patológico? Acontecerá de esse gene ser deixado para trás e ser perdido
no tempo.
Logo, tendo em vista de
recuperar os genes que perdemos, os anciões decidiram depois de uma grande
reunião um plano final, que poderia dar certo: criar uma nova raça, inteligente
e geneticamente mais forte, com os genes que nós perdemos para depois, usarmos
de suas células e códigos genéticos para aplicarem em nosso povo; resultado no
fortalecimento.
Deve estar se perguntando:
"já que a tecnologia era tão avançada, por que optaram por um método mais
complicado ao invés de simplesmente mudar os genes quando o indivíduo ainda
está no feto?". Para você ver como a situação era desesperadora, nós já
havíamos tentado de tudo, e a manipulação de genes era um tabu na nossa
sociedade: nas últimas tentativas de mudar os genes de algum ser de forma tão
radical, fazia com que no futuro, esse ser com genes manipulados agisse
estranhamente e tomasse atitudes auto-destrutivas (cortar os pulsos, se queimar
e etc). Os cientistas não sabiam explicar o porquê dessas reações, restando
apenas na remoção do livre-arbítrio desses indivíduos, fazendo deles eficientes
guardas e operários.
A espécie que criaríamos
teve quase os mesmos compostos químicos dos seres de nosso planeta: eram
compostos por carbono, hidrogênio, oxigênio, fósforo e nitrogênio. E dessa vez,
nós cuidamos para que tivessem todas as características genéticas que nós
perdemos no passado.
Começamos colocando uma
série de grupos dessas criaturas artificiais em um sistema planetário elaborado
pelos anciões. As condições para a vida eram favoráveis para o desenvolvimento
próspero da espécie e poderíamos ficar observando sua evolução de perto.
Os avanços da pesquisa eram
muito lentos, mas com resultados muito promissores. Os seres artificiais logo
começaram a viver em comunidade, mas ainda não eram bons o suficiente para
pularmos para a etapa de recolhimento de genes. Pelo visto, havia um pequeno
avanço em sua inteligência, demonstrando que estavam evoluindo.
Os anos se passaram, e já
era hora de pularmos para a etapa tão esperada. Começamos recolhendo alguns
indivíduos que estavam perto do meridiano central do planeta. Por terem físico
mais avantajado, pareciam perfeitos para o melhoramento genético de nossa população.
Foram feitas seções de melhoramento de genes patrocinados pelo governo para
todos os cidadãos. Parecia que a pesquisa finalmente estava dando frutos.
Porém, achamos um problema.
Quem se recebia o
melhoramento genético, embora seu físico fosse alterado em alguns dias, acabava
herdando as mesmas deficiências dos operários e guardas que eram usados:
enlouqueciam, desanimavam e se auto-destruíam. Mas isso se seu livre-arbítrio
não fosse retirado.
Nenhum dos envolvidos na
pesquisa conseguia explicar porque isso acontecia. Enquanto a raça artificial
continuava a evoluir e a construir impérios em seu sistema planetário
(apelidado de "berçário" por alguns cientistas), houve pânico quando
foi descoberto uma nova raça de seres répteis há 200 anos-luz de onde nossa
raça estava estabelecida.
O problema estava no fato
de serem seres hostis e militarmente mais avançados. Dominaram várias colônias,
e estavam se aproximando da capital.
Os anciões tomaram uma
última decisão: vendo que era quase eminente a escravização do povo, mandou uma
pequena parcela da população para uma câmara hiper salto, mandando eles para
uma estrela da constelação de centauro, onde não seriam localizados.
Apesar da tragédia e da
escravização de nosso povo, as pesquisas prosseguiram com a espécie artificial.
Acima de tudo, recuperar a força de nossa espécie era prioridade!
De anos em anos, mandávamos
equipes de cientistas para averiguar nas situações do planeta. Por nosso
império estar ameaçado, tivemos que acelerar o processo de evolução, ensinando
um pouco do que nós aprendemos aos seres artificiais: geometria, astronomia e
matemática. Porém, parecia não ter sido uma boa ideia interferir nisso.
Eles começaram a nos ver
como deuses, e junto disso, manifestaram os comportamentos auto-destrutivos adquiridos
por eles. Criaram armas e guerrearam. A pesquisa dava sinais de ser um
fracasso, até um de nossos cientistas, chamado Arcano, ter visto uma
peculiaridade nas criaturas.
Pela sua ótica, Arcano
acreditava que a raça dos répteis teria evoluído de maneira parecida com a da
raça artificial. Por isso, chamou a atenção para um dos impérios que havia se
formado em uma das penínsulas do "berçário" e teorizou que os nossos
inimigos agiam de maneira parecida. Dessa maneira, era só analisar os pontos
fracos daquele império e aplicar no nosso odioso inimigo.
A pesquisa ganhava um novo
significado. Enquanto uma parte de nossos cientistas dirigiam a atenção em como
derrotar nosso inimigo, outra parte da equipe continuou com o objetivo
principal, que era recuperar os genes perdidos de nossa civilização.
O resquício de nossa
civilização declarou guerra contra os que escravizaram nosso povo. A guerra
durou muitos anos, ultrapassando milênios. Mas finalmente, conseguimos libertar
e recuperar parte do que foi nosso. Os répteis desapareceram e finalmente
poderíamos reconstruir nossa civilização.
Até hoje a pesquisa
prossegue, e continuamos a coletar seus genes, esperando que algum dia
conseguiremos recuperar nossa antiga forma. A equipe científica até achou uma
maneira de colocar um dos nossos entre os governos das experiências e
controlarmos praticamente qualquer rumo que vá favorecer o nosso objetivo.
Criamos doenças, ensinamos
a fissão e criamos catástrofes na civilização
O estágio atual da pesquisa
está tão avançado que parece que podemos logo começar a recolher os últimos
espécimes e dar início ao estágio de "finalização" da experiência.
Uma vez que já está provado que os seres artificiais são imperfeitos.
Sim. Finalmente descobri o
defeito. O que tornava o melhoramento genético um fracasso.
Ao que tudo indica, quando
melhorávamos os que se candidataram ao melhoramento de genes, o cérebro deles
mutava para algo muito parecido com a fisionomia dos seres artificiais que nós
criamos. Adquiriam comportamentos avulsos, teimosos, sentiam medo, amor,
tristeza. E entravam em pânico por serem tão diferentes dos outros indivíduos a
seu redor, se voltando a auto-destruição.
E é isso que mais intriga:
como podemos definir essa auto-destruição? Acredito que essa seja a
característica mais marcante do homo sapiens.
É melhor dar um fim antes
que vocês se deem um fim.
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Havia mais uma página da
tradução, que acabou corrompida.
Até hoje, não se sabe onde
foi parar o artefato ou então quais são suas origens: se veio do futuro
distante ou de fora do planeta.
O que importa é a curiosa
história. Seria a humanidade uma mera experiência? Existe vida fora do planeta?
Perguntas
que poderão se estender por um longo tempo. Mas até lá, podemos apenas encarar
as estrelas e esperar.
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O que acham dessa creepypasta?
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O que acham dessa creepypasta?
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